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Crise nos bancos dos EUA se agrava e governo cria fundo de US$300 bilhões para garantir depósitos

Associated Press

Depois do Silicon Valley, autoridades fecham o Signature Bank. Bancos regionais sob forte pressão

Depois do fechamento do Silicon Valley Bank, as autoridades monetárias dos Estados Unidos anunciaram a intervenção em mais uma casa bancária, o Signature Bank, de Nova York. A exemplo do primeiro, o Signature também opera no financiamento de empresas do setor de tecnologia. Em nota conjunta, o Departamento do Tesouro dos EUA e o Federal Reserve, o banco central do país, informaram que “diante dos riscos existentes” a instituição foi colocada sob controle do governo.

Diante do risco para todo o setor, o Federal Reserve anunciou que o governo dispõe de um fundo no valor de US$300 bilhões, para garantir os depósitos de todos os clientes da rede bancária, dentro dos limites da legislação no país. Nos Estados Unidos, os depósitos bancários são garantidos pelo governo até um limite de US$250 mil por cliente. Nesta segunda-feira, clientes do Silicon Valley Bank já conseguiram movimentar seus depósitos. Quanto aos credores dos bancos, esses serão ressarcidos assim que forem vendidos ativos da instituição.

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As autoridades ordenaram uma varredura no sistema bancário, a fim de evitar novas surpresas. Embora o Federal Reserve tenha informado que o governo não pretende colocar dinheiro público para salvar os bancos falidos, setores políticos já começam a discutir a possibilidade de uma ajuda governamental para salvar as instituições.

Além dos problemas detectados no Silicon Valley e no Signature Bank, que assumiram compromissos além de seus limites, bancos regionais enfrentam uma corrida de clientes ansiosos por sacar valores depositados. Outros bancos estão sofrendo uma desvalorização de suas ações, como esses:

  • First Republic Bank registrou uma desvalorização de 79% em seus papéis
  • Western Alliance Bancorp teve uma perda de 85%
  • PacWest Bancorp perdeu 60%

Outros bancos, como o Customers Bancorp, Comerica, Zions Bancorporation, East West Bancorp e o Bank of Havaii, sofreram perdas em torno de 20%.

Já entre as grandes instituições, como o Bank of America, Citigroup e Wells Fargo, a desvalorização das ações ficou próximas de 3%.

O Silicon Valley Bank era o principal agente financeiro no Vale do Silício e um dos maiores financiadores das startups do setor tecnológico da região. Trata-se da segunda maior falência de uma casa bancária, nos Estados Unidos, desde o fechamento do Washington Mutual, em 2008.

O Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), instituição que protege depósitos bancários, até US$250 mil, nos EUA, garantiu que a partir desta segunda-feira, os clientes do Silicon Valley Bank, terão acesso a seus depósitos e poderão movimentar o dinheiro guardado no banco.Um sinal de alerta foi disparado para as autoridades quando se descobriu que o banco estava tentando levantar um empréstimo de mais de US$2 bilhões, para atender a compromissos de urgência. Após a decretação da falência, as autoridades do FDIC descobriram que o CEO do banco, Gregory Becker e o diretor financeiro, Daniel Beck, venderam mais de US$ 5 milhões, em ações, duas semanas antes da quebra da instituição.

Fundado em 1983, o banco cresceu na esteira da expansão das empresas do setor de tecnologia no Vale do Silício e, atualmente, tem 8.500 funcionários.

No Reino Unido, as autoridades do setor financeiro informaram que a filial do Silicon Valley Bank no país deixará de operar nesta segunda-feira. De acordo com a orientação, a filial só vai atender os clientes locais que tenham depósitos no valor máximo de 85 mil libras. Esses clientes poderão movimentar seus valores, uma vez que terão as garantias da legislação de seguro bancário do país.

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