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UBS assume o controle do Credit Suisse, com apoio do governo

Associated Press

Negociação foi fechada neste domingo, diante da previsão de que as ações do Credit Suisse iriam despencar na segunda-feira

Por: Carlos Taquari

Em negociação iniciada no sábado e concluída no domingo, o UBS, maior banco da Suíça, assumiu o controle do Credit Suisse, que vinha enfrentando uma corrida de depositantes e investidores, além de uma forte queda no valor das ações, nos últimos dias. O acordo, que contou com total apoio do governo suíço, foi fechado no final de semana, porque estava previsto que as ações do Credit Suisse iriam despencar nesta segunda-feira.

Em comunicado oficial, o Swiss National Bank, o banco central da Suíça, anunciou que esta foi a melhor maneira de restaurar a confiança dos investidores. Para evitar riscos para o UBS, o governo suíço garantiu à instituição um aporte de 9,6 bilhões de dólares. Além disso, o banco central suíço ofereceu uma garantia de liquidez de 110 bilhões de dólares, que podem ser movimentados até o final do ano. Por sua vez, o UBS vai entrar com “apenas” 3 bilhões e 250 milhões de dólares para fechar a negociação.

O anúncio do acordo recebeu apoio de instituições financeiras na Europa e Estados Unidos. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, elogiou a “pronta ação” das autoridades suíças que, segundo ela, “foram decisivas para restaurar a confiança e a estabilidade do setor”. Janet Yellen, secretária do Tesouro dos Estados Unidos, também saudou a medida como essencial para tranquilizar os mercados.

O governo suíço divulgou nota afirmando que o acordo foi essencial para garantir a segurança do mercado. A nota reconhece que “um colapso do Credit Suisse iria provocar consequências incalculáveis para o país e para o sistema financeiro internacional”.

Dirigentes do Credit Suisse disseram que uma das preocupações agora é com o destino dos 50.000 funcionários do banco ao redor do mundo, 17.000 dos quais na Suíça. Fontes do setor calculam que, pelo menos, 10.000 empregos poderão ser cortados.

O Credit Suisse, fundado há 167 anos, vinha enfrentando problemas nos últimos anos, por conta de apostas erradas em fundos financeiros, além de acusações de lavagem de dinheiro.

A aquisição do Credit Suisse pelo UBS foi decidida depois que um aporte de US$54 bilhões anunciado pelo banco central suíço no CS não foi suficiente para acalmar os mercados. E nem mesmo a promessa das autoridades suíças de que tudo seria feito para garantir o funcionamento da instituição.

 

Clientes de banco falidos

O Signature Bank sofreu intervenção das autoridades monetárias, além do Silicon Valley. (Foto:AP)

Resgate nos EUA

Nos Estados Unidos, 11 bancos se juntaram para depositar US$ 30 bilhões no First Republic Bank, atendendo a um pedido do Departamento de Tesouro e do Federal Reserve (o banco central dos EUA). A iniciativa se destina a garantir as operações do First Republic, que passou a sofrer pressão dos correntistas, após a quebra do Silicon Valley Bank e do Signature Bank. Em Dezembro, o First Republic reportou às autoridades monetárias que dispunha de ativos no valor de US$176 bilhões. Mas, aparentemente, isso não foi suficiente para enfrentar a crise dos últimos dias.

Para chegar aos 30 bilhões de dólares, as maiores contribuições, em torno de US$ 5 bilhões, ficaram por conta do JP Morgan, Citigroup, Bank of America e Wells Fargo. Outras instituições, como o Morgan Stanley e Goldman Sachs entraram com aportes um pouco menores, além de 5 outros bancos de médio porte que completaram o valor solicitado pelo Tesouro norte-americano.

Os grandes bancos norte-americanos receberam nos últimos dias bilhões de dólares em depósitos, feitos por clientes que retiraram seu dinheiro dos dois bancos que quebraram, além de outras instituições de pequeno e médio porte.

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