Na noite desta quinta-feira (21/3), o ex-jogador de futebol Robinho foi preso em sua residência em Santos, no litoral paulista, entregando-se à Polícia Federal. A medida ocorreu após a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) definir que sua condenação na Itália por estupro coletivo deve ser cumprida no Brasil.

A Delegacia de Polícia Federal em Santos confirmou a prisão por meio de nota, informando que Robinho será submetido a exames no Instituto Médico Legal (IML), passará por audiência de custódia e, posteriormente, será encaminhado ao sistema prisional.

Na mesma tarde, o STJ autorizou a Justiça Federal de Santos a efetuar a prisão do ex-jogador por estupro, seguida pelo mandado expedido pelo juiz Mateus Castelo Branco Firmino da Silva, da 5ª Vara Federal de Santos, enviado à PF, que procedeu à detenção.

Robson de Souza, popularmente conhecido como Robinho, foi condenado em janeiro de 2022 por estupro coletivo ocorrido em 2013, em Milão, quando atuava pelo Milan.

Apesar da decisão do STJ, a defesa de Robinho protocolou um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF), buscando sua liberdade até o esgotamento dos recursos. Os advogados argumentam que ele aguardou em liberdade todo o processo de homologação, sem representar risco à aplicação da legislação.

Os defensores solicitam que o STF suspenda a execução da pena determinada pelo STJ até o final das possibilidades de recurso, alegando também a possibilidade de reversão do entendimento do STJ devido à suposta violação constitucional pelo pedido da Itália.

A solicitação para que Robinho cumpra pena no Brasil foi feita pela justiça italiana, após a negação de sua extradição. Em novembro de 2023, o Ministério Público Federal (MPF) manifestou-se a favor da prisão do atleta.

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