Rússia está pronta para usar armas nucleares
Presidente russo alega que Estados Unidos abriram precedente ao lançarem bombas atômicas sobre o Japão
No mais assustador discurso feito desde o início da guerra na Ucrânia, o presidente Vladimir Putin declarou que está pronto para usar armas nucleares no conflito com o país vizinho. E tentou justificar a ação que poderia desencadear um conflito global, afirmando que já existe um precedente no uso desse tipo de armamento, referindo-se ao bombardeio atômico contra Hiroshima e Nagasaki, na Segunda Guerra.
Depois de anunciar a anexação de quatro territórios pertencentes à Ucrânia, Putin ameaçou: “Se houver uma tentativa por parte de outros países de tomarem esses territórios que agora fazem parte da Rússia, vamos utilizar todos os meios à nossa disposição para defende-los”.
O presidente russo também afirmou que existe um complô de países ocidentais contra a Rússia, que chamou de “anglo-saxões”. Segundo ele, foram esses países que destruíram parte dos dutos que levam gás da Rússia para o Ocidente.
Discurso raivoso
O discurso foi considerado o mais “raivoso” de Putin, desde o início da guerra. Criticou duramente o Ocidente, afirmando que “as pessoas que vivem nas regiões fizeram sua escolha”, referindo-se aos referendos que, segundo o governo russo, receberam um “sim” à anexação de 99%.
Para os governantes europeus, no entanto, a votação nas quatro
áreas anexadas — Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia — não passou de farsa. A Ucrânia respondeu pedindo à Otan que acelerasse a adesão à aliança de defesa liderada pelos EUA Em sua resposta, o presidente Zelensky prometeu expulsar os russos de toda a Ucrânia.
“Putin, seu discurso é uma fraude”
Uma das primeiras respostas ao discurso de Putin veio do ex-primeiro ministro da Grã-Bretagna, Boris Johnson, que publicou no Twitter: “Vladimir Putin, seu discurso é uma fraude e uma vergonha.
O mundo nunca deve aceitar seus falsos referendos ou sua tentativa cruel e ilegal de colonizar a Ucrânia. Estamos com o povo da Ucrânia e vamos apoiá-lo sem vacilar até que seu país esteja inteiro e livre.”
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