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Associação de Atletismo proíbe atletas transgêneros de competir em eventos femininos

Atletas que passaram pela puberdade masculina não poderão participar de torneios para mulheres e nem figurar no ranking

Por: Lucas Saba

A World Athletics, a Associação Internacional de Federações de Atletismo, anunciou a decisão de proibir atletas transgêneros de competir na categoria feminina em eventos internacionais. Com esta decisão, os atletas também não conseguirão fazer parte do ranking mundial.

O presidente do órgão, Lord Coe, disse: “nenhuma atleta transgênero que tenha passado pela puberdade masculina poderá participar de competições femininas do ranking mundial a partir de 31 de março.” Coe também anunciou que um grupo de trabalho será criado para realizar mais pesquisas sobre as diretrizes dos transgêneros. “Não estamos dizendo não para sempre”, afirmou ele.

Lord Coe acrescentou que a decisão foi para “proteger a categoria feminina.”

Associação Internacional de Atletismo

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Tiffany Thomas, comemora a sua vitória na prova de ciclismo em Nova York. (Crédito: Arquivo Pessoal)

Vitórias contestadas

Uma ciclista transgênero venceu a corrida feminina em Nova York. Tiffany Thomas, 47, já venceu pelo menos 20 corridas desde que começou a correr em 2018, quando já estava na casa dos 40 anos. A vitória de Thomas acontece apenas alguns dias depois que uma ex-campeã deixou o esporte decepcionada, após perder para outro ciclista trans.

No entanto, a vitória de Thomas deu início a uma reação severa no Twitter e no Instagram.  Um crítico disse “me sinto tão mal pelas atletas mulheres nos Estados Unidos que treinaram a vida inteira para perder para atletas transgênero. Muitos especialistas dizem esses atletas têm uma vantagem genética, mesmo após a terapia hormonal.

Um ciclista norte-americano, usando a hashtag #SaveWomensSports, disse que Thomas passou “de um iniciante total ao nível de elite em apenas 5 anos, conquistando mais de 20 vitórias. Os companheiros de equipe de Tiffany têm entre 24 e 32 anos. Incrível que Tiffany possa acompanhá-los aos 46 anos, depois de começar a pedalar aos 40 anos!” ele escreveu sarcasticamente.

A vitória de Thomas veio poucos dias depois da campeã de ciclocross Hannah Arensman confirmar que estava desistindo do esporte por causa dos atletas transgeneros. Arensman afirmou: ““Decidi encerrar minha carreira no ciclismo, tornou-se cada vez mais desanimador treinar tanto quanto eu, apenas para perder para um homem com a vantagem injusta de um corpo androgenizado que intrinsecamente lhe dá uma vantagem óbvia sobre mim, não importa o quanto eu treine.”

Na semana passada, Valentina Petrillo, atleta trans da Itália, bateu o recorde dos 200 metros rasos na categoria feminina. Já é a oitava vitória de Petrillo na categoria feminina. Petrillo, passou por um processo hormonal e algumas cirurgias e obteve uma licença para concorrer contra atletas de mais de 50 anos.

Depois do fim da corrida, os torcedores contestaram o resultado e gritaram o nome de Cristina Sanulli, que ficou em segundo lugar. Um grupo de quase 50 atletas italianos chegaram a fazer um abaixo-assinado em que levantavam a questão de sua superioridade física, algo que tornava a competição “muito injusta.”

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