Apesar de inúmeras críticas de pseudoespecialistas, existem peculiaridades inerentes às atividades policiais-militares, como rotineiro risco de vida real, sem recebimento de fundo de garantia, sem hora extra, sem adicional noturno, sem adicional de periculosidade, sem direito à sindicalização, entre outros.
Os policiais militares estão sujeitos a regulamentos disciplinares rígidos, legislação penal militar severa e regime de trabalho diferenciado, inclusive, sujeitos a movimentação a qualquer tempo para servir em outros municípios e outras regiões do Estado.
Exigir que o policial militar tenha dedicação exclusiva e incondicional à profissão, arriscando sua vida, sua saúde e até mesmo o convívio com sua família, sem o amparo de um sistema de proteção social, seria total falta de razoabilidade e proporcionalidade.
A tragédia de Brumadinho (MG) demonstrou o comprometimento e a luta incansável dos policiais militares e bombeiros militares no salvamento, resgate e recuperação das vítimas, bem como na proteção do patrimônio das pessoas atingidas, cumprindo à risca o juramento de dedicar-se inteiramente ao serviço da Pátria, ainda que com o sacrifício da própria vida.

Tenente Coronel PM Rodrigo Eval Arena – Comandante do Trigésimo Sétimo Batalhão de Polícia Militar do Interior.

Polícia Militar, a força pública de São Paulo.